terça-feira, 5 de julho de 2016
Poesia | 09:09
Autor: Ronaldo Mota
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Comemorativo de 1 ano da Coluna: CASA VAZIA
Para comemorarmos 1 ano desta Coluna, hoje, excepcionalmente, migraremos da prosa para a poesia. Segue:
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CASA VAZIA*
Que os morcegos invadam que a casa é sua
que a sombra errante do medo
adentre e tome conta
e a solidão se espalhe
querendo nos fazer companhia.
que a sombra errante do medo
adentre e tome conta
e a solidão se espalhe
querendo nos fazer companhia.
Ingrata se instale
finque fundo no coração o dia-a-dia do não-retorno
e o pulsar do coração a se fazer medidor
sonolento contar dos dias.
finque fundo no coração o dia-a-dia do não-retorno
e o pulsar do coração a se fazer medidor
sonolento contar dos dias.
O ar onírico nos perturbe os olhos
e ao fechá-los nos popule de imagens a mente
da casa que era coberta de alegria
de gente que era gente
como a gente queria que fosse eternamente.
e ao fechá-los nos popule de imagens a mente
da casa que era coberta de alegria
de gente que era gente
como a gente queria que fosse eternamente.
Mas a desgraça do tempo andou
e tudo mudou
já chove nas ruas e a água a tudo inunda
mas mesmo assim
lá fora está mais seco do que dentro
da casa nua e crua
que por dentro chora
lacrimeja os que partiram
e inunda de saudades o coração.
e tudo mudou
já chove nas ruas e a água a tudo inunda
mas mesmo assim
lá fora está mais seco do que dentro
da casa nua e crua
que por dentro chora
lacrimeja os que partiram
e inunda de saudades o coração.
Casa vazia,
são pedaços de nós dois que se partiram.
são pedaços de nós dois que se partiram.
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- Do livro “Encruzilhadas em Contos e Poesia”, de minha autoria (coisa antiga).
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